terça-feira, 3 de março de 2009


A violência vista à luz do dia.

O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. O índice de assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica e contra a mulher é muito alto e contribui para tal consideração. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.

A repressão usada pela polícia para combater a violência gera conflitos e insegurança na população que nutrida pela corrupção das autoridades não sabe em quem confiar e decide se defender a próprio punho, perdendo seu referencial de segurança e sua expectativa de vida.

O governo, por sua vez, concentra o poder nas mãos de poucos, deixando de lado as instituições que representam o povo. A estrutura governamental torna a violência necessária, em alguns aspectos, para a manutenção da desigualdade social. Não se sabe ao certo onde a violência se concentra, pois se são presos sofrem torturas, maus tratos, descasos, perseguições e opressões fazendo que tenham dentro de si um desejo maior e exagerado de vingança.

Se a violência se concentra fora dos presídios, é necessário que haja um planejamento de forma que se utilize uma equipe específica que não é regida pela força, autoridade exagerada e violenta. Medidas precisam ser tomadas para diminuir tais fatos, mas é preciso que se atente para a estrutura que vem sendo montada para decidir o futuro das cidades brasileiras.

Não é necessário um cenário de guerra com armas pesadas no centro das cidades, mas de pessoal capacitado para combater a violência e os seus causadores. Um importante passo seria cortar a liberdade excessiva que hoje rege o país, aplicar punições mais severas aos que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

violencia infantil

Violência Infantil
Maria de Fátima Hiss OlivaresPsicologa clínica
Nunca se falou tanto de violência contra crianças como na atualidade. Será que a população abriu os olhos só agora? Será que é uma conseqüência da realidade violenta que vivemos? Seja como for, é um assunto que merece uma análise mais apurada e certamente deve interessar a todos.
A violência contra crianças é uma forma cruel de violência pois a vítima é incapaz de se defender. E geralmente os agressores são as pessoas em quem a criança mais confia, como os pais ou parentes próximos. Imaginem como fica a cabecinha de uma criança que sofre agressão da própria mãe. A mãe é o primeiro contato com a confiança, com a proteção, com o amparo, e se estes vínculos são quebrados, esta criança sofrerá as conseqüências disso até a vida adulta. Infelizmente, muitas vezes a criança acaba se achando merecedora de tais punições, pois não compreendendo o porquê disso, atribui a culpa a si mesma.
As formas de violência contra a criança podem ser físicas ou psicológicas. Na categoria da violência física podem estar os castigos, como tapas, murros, chacoalhões, onde os adultos covardemente violentam a integridade física da criança. Podem até não ter a intenção de ferir, mas acabam cometendo o fato e fica claro nestes momentos, o descontrole emocional deste adulto. Geralmente, o fato que levou o adulto a agredir a criança é banal e faz parte do mundo infantil, como por exemplo, a criança ter derrubado alguma coisa, estragado algo, não entendido uma ordem ou ter brigado com irmãos. Crianças são crianças e ainda não têm compreensão de muitas coisas, também não possuem ainda o controle completo sobre seu corpinho, que ainda está se formando. Não adianta querer que a criança aja como o adulto que ela não é.
Infelizmente estes atos violentos são repetitivos e a sua severidade tende a aumentar a cada nova agressão. Muitas crianças portam consigo seqüelas físicas que não chegam ao conhecimento das autoridades porque são encobertos pelos próprios pais ou tutores, que muitas vezes julgam estas atitudes como normais, ou que fazem parte da educação que estão dando aos filhos. A forma mais comum de se justificarem é a alegação de que seus pais também foram violentos com eles, e que se tornaram “adultos bons” por causa disso. Esta tendência a perpetuar este modelo violento pode colocar em risco o futuro dos filhos, pois tenderão a fazer a mesma coisa quando se tornarem pais. A solução de problemas e conflitos pela força ou pelo grito só forma adultos inseguros, doentes e infelizes.
Dentre as outras formas de violência infantil estão a hostilidade verbal, negligência, o abandono físico e emocional, a rejeição, o desprezo, a crítica excessiva e a ameaça de abandono.

Hostilidade verbal: são os gritos, xingamentos, com palavras de teor hostil que ameaçam a criança.

Negligência: o adulto responsável deixa de prover as necessidades básicas para o desenvolvimento físico ou psíquico da criança. O filho passa a ser um “estorvo”, pois demanda atenção por parte dos pais. Estes podem se justificar com a necessidade de trabalhar e não ter tempo nem condições financeiras para prover tudo que a criança precisa. Negligenciam a atenção também quando estão por perto.

Desprezo: este tipo de violência aparece quando o adulto deprecia qualquer tentativa da criança de tomar iniciativas, não dá valor às idéias e opiniões que o filho expresse e compara-o a outras crianças menosprezando-o sempre.

Abandono físico e emocional: Sejam quais forem as justificativas, o abandono físico se dá quando os pais que se ausentam por longos períodos, deixando os filhos aos cuidados de outras pessoas, nem sempre capazes, expondo a criança a toda sorte de infortúnios. A ameaça de abandono também é extremamente prejudicial à criança gerando nela muita insegurança e medo, e se dá quando os pais a querem castigar, dizendo que irão entregá-la à adoção, ou mandá-la embora se ela não agir de determinada maneira.

Rejeição: a criança passa a ser desprezada, seus atos sempre reprovados e demonstrações de carinho se tornam raros. A criança passa a se sentir um erro e se culpa por existir, e as atitudes dos pais intensificam este sentimento da criança.

A crítica excessiva: ocorre quando tudo que a criança faz nunca está bom o suficiente. Geralmente estas crianças são vítimas de pais excessivamente perfeccionistas e inseguros.

As crianças vítimas de violência acabam apresentando dificuldades na escola, para dormir, muitas vezes com terror noturno, falta ou excesso de apetite, falta de concentração, podem ficar muito tímidas e reclusas, com dificuldade em se relacionar com outras crianças, ou tornam-se muito agressivas e repetem a violência com outras crianças, como irmãozinhos menores.
Educar uma criança é dar o continente seguro que ela precisa para crescer. A casa não pode ser uma ameaça. Criança precisa de limites, mas com compreensão, com diálogo e principalmente com exemplos. Nunca, mas nunca mesmo se deve bater em uma criança, é covardia! Pois se trata de um ser que não tem condições nem físicas nem psicológicas de se defender. Toda forma de agressão, seja ela física ou psicológica mostra a desestruturação e fragilidade emocional destes adultos, que deveriam rever suas atitudes e sua vida

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Violencia Urbana


A mulher ainda é vítima de violência doméstica.

Por Gabriela Cabral

A violência urbana é o mal que assola as comunidades que vivem em centros urbanos. Abrange toda e qualquer ação que atinge as leis, a ordem pública e as pessoas. Muitas são as causas da violência, como: adolescentes desregrados e ilimitados pelos pais, crise familiar, reprovação escolar, desemprego, tráfico em geral, confronto entre gangs rivais, falta de influência política, machismo, discriminação em geral e tantos outros.

Apesar de todas as causas citadas acima, a mais importante delas é a má distribuição de renda que resulta na privação da educação e melhores condições de moradia. Todo esse círculo vicioso se origina a partir da falta de condições de uma vida digna que faz com que as pessoas percorram caminhos ilegais e criminosos.

Existem autoridades que acreditam na solução da violência por meio de reforço policial, equipamentos de segurança e na invasão de regiões onde o tráfico se localiza, porém tais situações somente geram maiores problemas, pois nessas situações pessoas inocentes que são vítimas dessa situação acabam sendo “confundidas” e condenadas a pagar por algo que não cometeu.

A violência urbana engloba uma série de violências como a doméstica, escolar, dentro das empresas, contra os idosos e crianças e tantos outros que existem e que geram esse emaranhado que se tem conhecimento. Inúmeras são as idéias e os projetos feitos para erradicar a violência urbana, porém cabe a cada cidadão a tarefa de se auto-analisar para que a minúscula violência que se tem feito seja eliminada a fim de que grandes violências sejam suprimidas pela raiz.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Violência


“Não existe uma definição consensual ou incontroversa de violência. O termo é potente demais para que isso seja possível.”
Anthony Asblaster
Dicionário do Pensamento Social do Século XX

O que é violência? Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.

Para todos os efeitos, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito, a violência se manifesta de várias maneiras. Na comunidade internacional de direitos humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis (vida, propriedade, liberdade de ir e vir, de consciência e de culto); políticos (direito a votar e a ser votado, ter participação política); sociais (habitação, saúde, educação, segurança); econômicos (emprego e salário) e culturais (direito de manter e manifestar sua própria cultura). As formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como assassinato, seqüestros, roubos e outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimônio, formam um conjunto que se convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes cidades. Não é possível deixar de lado, no entanto, as diferentes formas de violência existentes no campo.

A violência urbana, no entanto, não compreende apenas os crimes, mas todo o efeito que provocam sobre as pessoas e as regras de convívio na cidade. A violência urbana interfere no tecido social, prejudica a qualidade das relações sociais, corrói a qualidade de vida das pessoas. Assim, os crimes estão relacionados com as contravenções e com as incivilidades. Gangues urbanas, pixações, depredação do espaço público, o trânsito caótico, as praças malcuidadas, sujeira em período eleitoral compõem o quadro da perda da qualidade de vida. Certamente, o tráfico de drogas, talvez a ramificação mais visível do crime organizado, acentua esse quadro, sobretudo nas grandes e problemáticas periferias.

Hoje, no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das instituições de segurança pública em conter o processo de interiorização da violência, a degradação urbana contribui decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos das grandes metrópoles. Na última década, a violência tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência. Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade civil.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

violencia do adolescente

Hoje o problema da violência vem despertando grande preocupação entre pais e educadores. As estatísticas mostram um aumento da turbulência entre os adolescentes e de problemas na infância, demonstrando uma queda nos níveis de competência emocional.

Entre todos os problemas que o chamado analfabetismo emocional pode acarretar, alguns estão intimamente relacionados com a questão da violência. Constatamos na observação de crianças e adolescentes, a presença de comportamentos impulsivos, grande dificuldade em lidar com a frustração, desobediência em casa e na Escola, mentiras e trapaças, envolvimentos constantes em encrencas e discussões, provocações, demonstrações de “pavio curto”, destruição de propriedade alheia, além de abuso de drogas lícitas e ilícitas.

Os resultados das pesquisas são alarmantes e demonstram a necessidade urgente de focarmos nossa atenção para o preparo emocional de nossas crianças e adolescentes.

Sabemos que o desenvolvimento emocional depende de muitos fatores e sofre influência marcante da relação estabelecida com nossos pais, principalmente nos primeiros anos de nossa vida, vivências que deixam marcas profundas.

Se analisarmos a realidade atual da sociedade, encontramos famílias passando por sérias dificuldades de ordem econômica e emocional, interferindo muito na criação de filhos saudáveis no que diz respeito à inteligência emocional. Nós, pais e educadores, influenciamos nossos jovens de maneira direta, através do trabalho educativo e indireta, no momento em que servimos de modelo de identificação.

A Escola pode ajudar muito, desenvolvendo Projetos de Orientação Familiar, possibilitando aos pais um espaço de aprendizado, troca de informações e experiências sobre a difícil arte de educarmos nossos filhos.

Devemos ter em mente que educar não dá direito a férias, é um trabalho de horário integral e muita dedicação. Os pais devem estar atentos ao comportamento apresentado pelos filhos, acompanhando e caminhando lado a lado. Os conflitos devem ser encarados e não negligenciados, pois todo sintoma merece um diagnóstico e um encaminhamento pertinente.

Nossas dúvidas e inseguranças irão semosos, nossos filhos.pre nos acompanhar, mas não devemos ter medo de errar e estarmos sempre prontos para ajudar àqueles que nos são tão preciosos.

Autora: Gisele Peterson

Psicóloga Escolar

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


Aterceirizou a educação dos filhos - deixando-os a cargo de empregadas sSei que esse problema é uma das preocupações centrais das autoridades educacionais de hoje. Vejo com bons olhos algumas experiências que parecem reduzir o grau de violência escolar como é o caso da abertura das escolas aos alunos e adolescência dos dias de hoje.
A situação é muito grave. Educadores e psicólogos têm estudado o assunto de vários ângulos. Ninguém chegou à fórmula mágica do respeito necessário. Os professores culpam os pais. Os pais culpam os professores. Professores e pais culpam os diretores. Os diretores culpam as autoridades educacionais e assim vai. É um longo jogo de empurra-empurra como bem classifica Rosely Sayão, psicóloga que trata desse tema com freqüência neste jornal.
De todas as explicações, impressiona-me a que analisa com profundidade a nova família. O mundo mudou muito nos últimos 50 anos e a família mudou mais ainda. No passado, errava-se pelas agressões autoritárias praticadas contra os filhos por motivos banais. Hoje, erra-se pela falta de regras com que são criados os filhos.
Penso ser pouco numeroso o grupo de alunos que são disciplinados em casa e indisciplinados na escola. O comportamento escolar reflete, em grande parte, o que é ensinado pelos pais.
Os pais modernos ficaram sem tempo para educar os filhos. Estes tendem a ficar sozinhos em casa ou envolvidos por verdadeiras gangues cujo padrão de comportamento vai do assalto verbal à agressão física, passando pelas drogas e sexo descontrolados. A família modernapais nos fins de semana, a intensificação das atividades esportivas, o estímulo à música através de orquestras e corais, a explicação da razão de ser das regras escolares e várias outras.
Mas o problema está longe de ser resolvido porque os adolescentes agressivos e violentos estão, na verdade, mostrando o resultado do abandono familiar. É um problema de grande gravidade que não se resolve com atos de governo ou punições dos jovens. Os pais têm de se conscientizar que a escola não pode consertar o que eles estragam em casa
Antônio Ermírio de Moraes- Empresário. Artigo publicado na Folha de São Paulontônio Ermírio de Moraes- Empresário

O assunto já é conhecido de todos: a violência nas escolas. O problema tomou proporções assustadoras. Os professores estão acuados. As agressões nas salas de aula vão dos insultos verbais aos desacatos pessoais e, muitas vezes, violência física.
Igual vandalismo ocorre com o equipamento escolar. As carteiras são rabiscadas com palavreado ofensivo, os banheiros são emporcalhados impedindo o uso decente, os livros das bibliotecas são depredados com raiva.
Em suma, as escolas públicas e privadas estão sendo habitadas por uma população de vândalos - adolescentes que buscam concentrar seu ódio em algum ponto para mostrar a sua aversão às regras e à disciplina da civilidade.
Os professores estão cada vez mais temerosos. Já se fala em fobia escolar. Muitos deles têm medo de entrar na sala de aula, pois sabem ser impotentes para enfrentar a agressividade daem tempo e preparo para substituir os pais ou simplesmente deixaram os filhos como reféns de grupos que cultivam o desrespeito.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Quem sou eu

Eu,,sou casada tenho um filho ,sou funcionária pública.
Me formei professora,mas, creio que escolhi a profissão errada por isso não exerço .
Principalmente nos dias de hoje que está tão difícil uma sala de aula.